Livrarias Físicas X Livros Digitais: Um futuro promissor e coexistente

Livrarias Físicas X Livros Digitais: Um futuro promissor e coexistente
Autor: João Paulo Ferreira Vieira, coordenador de Administração e Logística da Faculdade Santa Teresa e criador de conteúdo digital sobre Gestão.

Ao longo da história, as livrarias sempre foram sinônimo de informação, registros históricos, reflexão, encontros, palestras, debates, cafés da tarde, conhecimento, cultura e até de status social. Dentre suas muitas funções, as livrarias sempre foram a referência quando o assunto era a busca por informação ou conhecimento.
Com o advento da internet, o hábito de pesquisa das pessoas, empresas e órgãos públicos se modificou.

Primeiramente, houve a migração para o computador. Com isso, as livrarias já sentiram a alteração em sua demanda. Em um segundo momento, com a popularização do celular e o fácil acesso à internet na palma da sua mão, veio o golpe, quase fatal, no segmento.

Algumas gerações mais recentes já nasceram, instintivamente, sabendo mexer no celular e fazer pesquisas avançadas nos mais diversos buscadores. Nesse contexto, você junta a falta de hábito de leitura, com o acesso instantâneo à informação na palma da mão, baixo incentivo governamental à leitura e, por último, a facilidade e praticidade em utilizar a inteligência artificial, e temos o cenário da tempestade perfeita!

De alguns anos pra cá, é perceptível que o mercado de livrarias vem diminuindo num ritmo acelerado. Grandes grupos, como Livraria Saraiva e Cultura, foram reduzidos a pó. As livrarias que ainda atuam no segmento estão procurando diversificar seu mix de produtos para que possam sobreviver no mercado. Cafés, espaços multimídia, salas para eventos e muitas outras estratégias estão sendo utilizadas para que, em alguns anos, não virem história ou museu.

Nesse cenário, que parece ser apocalíptico, nem tudo está perdido, pois assim como na alimentação que o movimento slow food veio bater de frente com o fast food, quando se fala em leitura, escolas, universidades, empresas, ONGs e governos mais tradicionais estão trabalhando para trazer a tradição da leitura de volta aos livros físicos e a confraternização entre as pessoas através dos conhecimentos, formalmente, registrados em livros.

Portanto, misturando as novas tendências, tecnologias e comportamentos, com a valorização das raízes e costumes tradicionais de leituras de livros, obteremos o equilíbrio perfeito para que as pessoas leiam mais e as livrarias possam se eternizar no cotidiano de todos os povos do mundo.