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Fofoca: Por que e como evitar?

Há quem não compreenda a diferença entre fofoca e informação ou comentários, o que nos traz a necessidade de esclarecimentos. A palavra fofoca possui alguns significados, todos eles depreciativos: dito maldoso, bisbilhotice, mexerico, disse me disse.

A fofoca consiste no ato de descobrir uma informação sobre alguém e, posteriormente, contar isso a uma ou várias pessoas, podendo corresponder ou não à realidade, além de fazer isto sem o consentimento das mesmas, quase sempre desvalorizando o outro e suas qualidades. Por sua própria característica, a fofoca possui muitas consequências destrutivas, dentre elas:

Causa conflitos

Quantos de nós já vivenciou ou presenciou situações de intrigas no ambiente corporativo e vida pessoal em virtude de comentários maldosos, desnecessários e comprometedores? Muitas vezes, estes episódios nos levam a ter que nos explicar, desmentir terceiros e, invariavelmente, nos chatear, bem como entrar em confronto com outros.

Atrapalha a produtividade

Cada minuto dedicado a bisbilhotar a vida alheia e produzir fofocas é tempo de trabalho e resultados que se perde. Muitas vezes a fofoca cria uma cadeia de mal entendidos, envolvendo muitas pessoas, o que alavanca ainda mais os seus efeitos improdutivos.

Destrói carreiras

No ambiente corporativo é comum observarmos a intimidade e privacidade das pessoas em exposição em episódios de fofocas. Namoros, orientação sexual, casamentos, vida social, estilos de entretenimento e hábitos adotados por pessoas algumas vezes são objeto de confabulações e especulações em rodas de conversas, o que acaba por manchar a imagem das vítimas desse tipo de diálogo, algumas vezes comprometendo toda a sua imagem e outras vezes custando o seu emprego.

Prejudica o clima organizacional

O clima organizacional é compreendido como o padrão de comportamento e a atmosfera psicológica que retrata o grau de satisfação das pessoas no trabalho. Daí a expressão “clima tenso”, “clima pesado”, “clima harmonioso”. Esta atmosfera sofre influência das atitudes de seus colaboradores, por isto a necessidade de evitar fofocas, pois esta prática reduz o clima de colaboração, integração e pertencimento institucional, gerando inimizade, desavenças e insatisfações.

Diante de tantos desdobramentos negativos, cabe a pergunta: o que fazer para evitar as fofocas?

Não propague.

A primeira ação que precisamos tomar é individual e intransferível: fique longe dos mexericos. Jamais seja um mensageiro de comentários pejorativos e um ouvinte ou interlocutor deste tipo de diálogo. Em sendo abordado por alguém que traz informações negativas de terceiros, pergunte ao emissor se ele já levou as devidas críticas e sugestões aos envolvidos e mostre-se desinteressado neste tipo de conversa. Não alimente fofocas. Lembre-se que da mesma forma que esta pessoa fala de outro, pode ser capaz de falar de você. Considere que quando falamos mal de alguém não expomos apenas o caráter da pessoa, mas também o nosso.

Foque na qualidade das pessoas e no que é positivo

Inevitavelmente, todos nós temos fragilidades e erramos. Mas, como humanos, temos a tendência a perceber os defeitos dos outros e ocultarmos os nossos. Gosto da citação que diz: “antes de apontar os defeitos dos outros, enumera ao menos dez dos teus”, porque é uma reflexão que nos remete à necessidade de primeiro nos avaliarmos e conhecermos a nós mesmos. Penso que este deve ser o nosso foco: cuidar da nossa vida e considerar o outro como uma pessoa tão humana quanto somos, com seus defeitos, mas também com suas virtudes. Portanto, se eu não posso falar bem de uma pessoa, que o meu silêncio seja a tônica.

Guarde segredos!

Lembro do pensamento que acredita que todo melhor amigo tem um outro melhor amigo que não necessariamente é seu amigo. Este raciocínio nos leva a considerar a necessidade de cautela ao revelar nossos segredos e confissões e também a respeitar os segredos daqueles que nos reservaram a sua confiança. Lembre-se que a confiança é um tesouro raro e só tem uma vida. Seja fiel àqueles que com você compartilham de sua intimidade e privacidade.

 


Por Joziane Mendes
Coordenadora de Empreendedorismo e Inovação da Faculdade Santa Teresa, articulista de Cursos Livres do Grupo FAMETRO, especialista em Comunicação e Gestão de Pessoas e mestre em Sustentabilidade.

 

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