Reforma Tributária e seus Reflexos na Zona Franca de Manaus: Desvendando Possíveis Impactos e Desafios

Autor: Carlos Anjos, coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Teresa

A reforma tributária é um processo de revisão e ajuste das leis e disposições relacionadas aos impostos em um país. Ela pode ter um impacto significativo na economia e em nossos diferentes setores, dependendo das mudanças específicas que forem inovadoras.

A Zona Franca de Manaus (ZFM), por sua vez, é um modelo econômico especial implantado no Brasil para incentivar o desenvolvimento na região da Amazônia Ocidental, proporcionando benefícios fiscais e incentivos para atrair investimentos e promover a industrialização na área.

Os impactos da reforma tributária na Zona Franca de Manaus podem ser variados e complexos, dependendo das medidas exatas que são exigidas na reforma. Alguns possíveis impactos incluem: 1. Alterações nos incentivos fiscais: A ZFM opera com benefícios fiscais específicos para atrair empresas e investimentos. Uma reforma tributária que altere os regimes de isenção ou redução de impostos poderia afetar a atratividade da Zona Franca para empresas, ocasionando o interesse em investir na região.

É nesse cenário que o último texto apresentado pela PEC 45-A unificou o ICMS e ISS para criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e as contribuições sociais ao PIS e à COFINS para instituição da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), além de prever a extinção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2033. Vamos aguardar a tão reforma tributária, que de reforma, não apresenta nada, apenas muitas dúvidas e nomes substituídos.

Avanço das mudanças climáticas tem consequências também na área da saúde

As mudanças climáticas constituem-se em um dos problemas mais urgentes e complexos enfrentados pela humanidade, no século XXI. Com impactos globais, transcendem fronteiras geográficas e afetam todos os aspectos da vida, inclusive a saúde.

Segundo o coordenador dos cursos de Saúde da Faculdade Santa Teresa, Daniel Barros Fagundes, as pessoas costumam associar as mudanças climáticas com consequências que só aparecerão no futuro, porém, várias situações que já vêm ocorrendo são fruto desse fenômeno. Ele destaca que, no ano passado, por exemplo, 61 mil pessoas morreram na Europa, devido às altas temperaturas.

Daniel Fagundes reforça que, na Amazônia, as alterações climáticas já começam a ser percebidas e trarão consequências ainda mais graves a médio e longo prazo. O aumento do período ou da intensidade da seca dos rios, por exemplo, poderá dificultar o tráfego de grandes embarcações, impossibilitando o transporte de pacientes em busca de tratamentos de saúde especializados em Manaus e a comercialização de alimentos entre a capital e as cidades e comunidades do interior. “Isto provocará a elevação do custo de vida na região e afetará a saúde pública de populações mais isoladas.

“Em decorrência disso, migrações familiares em busca de melhores oportunidades na capital tenderá a aumentar, pressionando ainda mais os recursos urbanos e aumentando a vulnerabilidade social, que impactam negativamente na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. É uma cadeia de problemas que, quando analisados em conjunto, mostram o impacto na saúde das pessoas e a necessidade urgente de ações para frear essa situação”, avalia.

Outros fatores relacionados às mudanças climáticas que influenciam diretamente na saúde da população são os incêndios florestais descontrolados. Além de contribuir para o agravamento do efeito estufa e aquecimento global, essas ocorrências afetam a qualidade do ar que respiramos. De acordo com Daniel Fagundes, a fumaça resultante desses incêndios, carregada de partículas finas e poluentes tóxicos, provoca o aumento na incidência de doenças respiratórias e, a longo prazo, o desenvolvimento ou agravamento de doenças cardiovasculares.

Estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que, em 6 mil cidades de 117 países, a população global respira ar fora dos padrões de qualidade definidos pelo órgão. O levantamento aponta que as pessoas respiram níveis insalubres de material particulado e de dióxido de nitrogênio. Os dois poluentes se formam a partir da queima de combustíveis fósseis, como a gasolina.

A amplificação das temperaturas e a expansão dos períodos de calor extremo também intensificam o risco de insolação, exaustão e desidratação, especialmente para as populações mais vulneráveis, como idosos e crianças. Daniel Fagundes acrescenta que outro grave problema causado pelas mudanças climáticas é a propagação de doenças transmitidas por vetores, como malária, dengue, chikungunya e zika, que encontram terreno fértil em condições mais quentes e úmidas. “Devido a esse contexto, o risco de surtos e epidemias é grande, inclusive em outras regiões do país e não só na Amazônia. Recentemente, Belo Horizonte, em Minas Gerais, viveu um aumento significativo de casos de dengue”, frisou.

Para Daniel Fagundes, diante de todo esse cenário, que já faz parte do presente, é urgente adotar uma abordagem abrangente e colaborativa. “Ações internacionais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa são fundamentais. Mas também é crucial que os governos locais e as comunidades amazônicas estejam envolvidos na busca de soluções adaptativas e de mitigação. A conservação da Amazônia, o uso sustentável de seus recursos e a promoção de práticas econômicas conscientes do clima são passos essenciais. As mudanças climáticas não são apenas uma preocupação regional, mas um reflexo de um desafio global. Precisamos reconhecer a interconexão entre o meio ambiente, a economia e a saúde humana, e trabalhar juntos para enfrentar essa crise iminente”, afirmou.

Dicas sobre como novos empreendedores de moda podem criar um design inovador, integrando a diversidade cultural e ambiental da Amazônia

Autor: Cidarta Gautama de Souza Melo, designer de Moda, Licenciado em Artes Visuais e Mestre em Engenharia, Gestão processos e ambiental e coordenador do curso Design de Moda da Faculdade Santa Teresa.

A Amazônia é um tesouro de recursos naturais e, por isso mesmo, a moda sustentável e a economia criativa na região apresentam-se como campo promissor para novos empreendedores. Considerando a rica biodiversidade, os recursos naturais e culturais, novos empreendedores podem aproveitar a variedade de materiais sustentáveis disponíveis na região.

Embora sejam inúmeras as oportunidades, é indispensável o uso de meios e técnicas que primem pela uso sustentável de recursos, mão de obra e descarte, para que o setor econômico se torne equilibrado pela premissa ambiental e social.

No mercado de moda, por exemplo, quase sempre associado ao mercado de luxo, que se caracteriza pelo desejo de consumidores por grandes marcas, tem sido notado um certo redirecionamento para o desenvolvimento de produtos que atendam aos anseios de novos clientes mais conscientes. Embora ainda parte de uma sociedade demandante de altíssimo consumo, são clientes que já possuem uma alta capacidade crítica e direcionamento ético e moral, em relação às questões de responsabilidade social e ambiental das marcas que produzem moda, especialmente no que se refere a Amazônia.

Olhando para este contexto, nota-se que uma das oportunidades para novos empreendedores de moda e economia criativa, pode ser a aposta no design inovador para os seus produtos.

Criar um design inovador, que integre a rica diversidade cultural e ambiental da Amazônia em produtos de moda, requer uma abordagem sensível, criativa e colaborativa. Assim, pode-se definir alguns passos para nortear um novo empreendedor de moda:

Dica 1: Pesquisa e imersão cultural
Como em todo processo metodológico de criação em design, o primeiro passo trata-se da pesquisa. A pesquisa é a parte fundamental e norteadora para a criação. Assim, um caminho seguro é realizar uma pesquisa aprofundada sobre as culturas, tradições, artesanato, padrões, cores e elementos simbólicos das comunidades locais da Amazônia. Visite as comunidades, converse com os moradores e mergulhe na atmosfera local para compreender a essência cultural.

Dica 2: Inspiração
Aperfeiçoe o seu olhar para a riqueza iconográfica e estética da biodiversidade da Amazônia, inspirando-se nas formas, cores e padrões únicos encontrados na flora e fauna local, e os converta em elementos inspiracionais para criar estampas, texturas e formas distintas por exemplo.

Dica 3: Estabeleça um Conceito
Crie em história significativa e certifique-se de abordar as influências culturais com respeito e sensibilidade. Evite apropriação cultural e busque permissão ou colaboração com as comunidades antes de incorporar elementos culturais em seus produtos. Crie produtos que contem histórias autênticas e significativas. Comunique aos consumidores a importância cultural, ambiental e social dos elementos incorporados em suas peças.

Dica 4: Busque parcerias locais
Busque parcerias com artistas, artesãos e designers locais que estejam conectados às tradições da região. Eles podem fornecer insights valiosos e contribuir com suas habilidades para criar produtos autênticos. Além disso você fazendo isso, gera impacto positivo para as comunidades, artesãos, artistas e outros colaboradores dentro do seu projeto criativo.

Dica 5: Valorize o artesanal
Explore as técnicas de artesanato tradicionais, como bordados, tecelagem, tingimento natural, cestaria e outros métodos únicos utilizados pelas comunidades locais. Adaptar essas técnicas em produtos contemporâneos pode gerar designs inovadores.

Dica 6: Misture elementos tradicionais, modernos
Fuja do caricato. Você pode e deve utilizar os elementos folclóricos da Amazônia, mas não se limite apenas a isto. Busque um equilíbrio entre elementos tradicionais e contemporâneos para criar um ar de sofisticação e de bom gosto para os seus produtos. A inovação muitas vezes surge da combinação de elementos antigos com abordagens modernas de design.

Dica 7: Respeite o meio ambiente
Alinhe seu design inovador com práticas sustentáveis. Neste sentido, é válido apostar em ressignificação de materiais e explorar o upcycling, bem como a adoção de processos de produção de baixo impacto ambiental. Mas, atenção neste momento, e esteja sempre aberto à experimentação e interação com outras áreas do design além da moda. Teste diferentes combinações de elementos culturais, cores e técnicas até encontrar um design que seja autêntico e atraente, que seja capaz de traduzir o conceito e manter a sua identidade de marca.

Dica 8: Apresente de forma criativa ao público de interesse
Procure por eventos e profissionais que estão despontando no setor de moda sustentável na sua região, que valorizam o tipo de trabalho que você está desenvolvendo. Se for apresentar seus produtos em mídias digitais, considere usar storytelling visual, como fotografias e vídeos, que destaquem a inspiração da Amazônia, os processos de produção e as histórias por trás de cada peças, assim você gera interesse não apenas para sua marca, mas para a mensagem que a sua marca e produtos desejam imbuir aos consumidores.

Dica 10: Feedback e aprendizado contínuo
Esteja aberto ao feedback dos consumidores, colegas e especialistas. Aprenda e ajuste seus designs com base nas respostas recebidas. Um bom design não é aquele que o designer elege, mas sim aquele que o cliente perece valor. Neste caso, o valor não está somente na estética, no requinte, sofisticação ou beleza, mas no sentido e no propósito de valorização socioambiental intrínseca em cada detalhe do processo de criação, produção, venda e descarte do seu produto de moda.

Com base nestas dicas, espero que você, novo empreendedor de moda local, possa ter um direcionamento sobre como criar produtos com design inovador, sem perder o foco na identidade Amazônica e na valorização e respeito ao meio ambiente e das comunidades tradicionais.

Por fim, desejo sucesso a você que tem coragem de empreender e aceitou o desafio de ser o designer que a Amazônia precisa ter.

Mudanças Climáticas na Amazônia: Desafios para Economia e Saúde

Autor: Daniel Barros Fagundes, coordenador dos cursos de Saúde da Faculdade Santa Teresa

As mudanças climáticas emergem como um dos dilemas mais urgentes e complexos enfrentados pela humanidade no século XXI. Com impactos globais, elas transcendem fronteiras geográficas e afetam todos os aspectos de nossa vida. Dentro desse contexto, a Amazônia, considerada o coração verde da Terra, enfrenta desafios ainda mais iminentes devido à sua riqueza ecológica única e à interação delicada entre seus ecossistemas e as atividades humanas.

As mudanças climáticas, em sua essência, se referem às alterações nos padrões climáticos ao longo do tempo. Elas são resultado de múltiplos fatores, que incluem causas naturais e a influência humana (antrópica). As causas naturais, como variações na atividade solar e ciclos oceânicos como o El Niño, têm desempenhado um papel importante ao longo da história da Terra, modificando o clima de forma imperativa. No entanto, é inegável que as atividades antrópicas tem atuado de maneira mais proeminente desde o século passado, acelerando os efeitos das mudanças climáticas naturais.

Essa ação humana impulsionada pelo desenvolvimento econômico, embora tenha trazido benefícios, trouxe também a queima de combustíveis fósseis, os incêndios florestais não naturais, o desmatamento, a pecuária e a industrialização, que tem resultado na emissão diária de grandes quantidades de gases de efeito estufa. Até certo ponto, o acúmulo desses gases na atmosfera é importante e auxilia na manutenção da vida em nosso planeta, porém, em quantidades acima das normais provoca mudanças nas temperaturas, alterando o clima ao longo do globo. Isto faz com que ocorram, por exemplo, chuvas torrenciais, secas severas, frio intenso, tornados e furacões em locais onde essas intempéries eram raras ou inexistentes.

Essas alterações climáticas, potencializadas pela ação antrópica já começam a ser percebidas nos dias atuais e trarão consequências ainda mais graves a médio e longo prazo. O aumento do período ou da intensidade de secas na Amazônia, por exemplo, dificultará o tráfego de grandes embarcações, impossibilitando o transporte de pacientes em busca de tratamentos de saúde especializados na capital e a comercialização de alimentos entre a capital e as cidades e comunidades do interior. Isto elevará os custos de vida e saúde pública destas populações. Em decorrência, migrações familiares em busca de melhores oportunidades na capital tenderá a aumentar, pressionando ainda mais os recursos urbanos e aumentando a vulnerabilidade social, que impactam negativamente na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.

Outros fatores relacionados às mudanças climáticas que influenciam diretamente a saúde da população local são: (1) os incêndios florestais descontrolados, que além de contribuírem para o agravamento do efeito estufa e aquecimento do global, pioram a qualidade do ar respirável. A fumaça resultante desses incêndios, carregada de partículas finas e poluentes tóxicos, provoca um aumentando na incidência de doenças respiratórias e a longo prazo, o desenvolvimento ou agravamento de doenças cardiovasculares; (2) a amplificação das temperaturas e a expansão dos períodos de calor extremo que intensificam o risco de insolação, exaustão pelo calor e desidratação, especialmente para as populações mais vulneráveis, como idosos e crianças; (3) e o aumento na propagação de doenças transmitidas por vetores, como malária, dengue, chikungunya e zika, que encontram terreno fértil nas condições climáticas mais quentes e úmidas, aumentando o risco de surtos e epidemias que desafiam os sistemas de saúde da região.

Frente a esse cenário complexo, é imperativo adotar uma abordagem abrangente e colaborativa. Ações internacionais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa são fundamentais. Mas também é crucial que os governos locais e as comunidades amazônicas estejam envolvidos na busca de soluções adaptativas e de mitigação. A conservação da Amazônia, o uso sustentável de seus recursos e a promoção de práticas econômicas conscientes do clima são passos essenciais. As mudanças climáticas na Amazônia não são apenas uma preocupação regional, mas um reflexo de um desafio global. Precisamos reconhecer a interconexão entre o meio ambiente, a economia e a saúde humana, e trabalhar juntos para enfrentar essa crise iminente. O futuro da Amazônia, e de nosso planeta como um todo, depende das ações que tomamos hoje.

Da infância ao envelhecimento: cuidados com a saúde mental

Autora: Silene Moreira de Souza, professora do curso de Psicologia da Faculdade Santa Teresa

Diante do cenário que vislumbram as pesquisas atuais, torna-se imprescindível refletir sobre o tema saúde mental. Hoje levamos uma vida frenética, que nos faz questionar: qual futuro nos aguarda? Como enfrentar o futuro com qualidade e saúde mental? Tomando como referência o estudo global co-liderado por pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, e da Universidade Harvard, nos EUA, divulgado recentemente na mídia, uma em cada duas pessoas desenvolverá pelo menos um transtorno, relacionado à saúde mental durante a vida.
Considerando estes dados, voltar o olhar para a 1ª infância parece ser fundamental, principalmente do ponto de vista preventivo, tomando medidas que possibilitem um futuro próspero quanto a nossa saúde mental.

As crianças, embora possa parecer que não, sofrem com problemas de ordem emocional ou mental, o que as pesquisas têm evidenciado, e cada vez mais se confirmam pelos indicadores, elas também sofrem durante a infância de problemas relacionados a saúde mental, que podem levar para a vida adulta. O cuidado com a 1ª infância torna-se necessário para que possamos vislumbrar uma velhice sem grandes enfretamentos relativos a isso. A saúde mental é um fato, e precisamos cuidar dela, se possível desde a infância, pois assim como nosso corpo físico adoece, nossa mente também pode adoecer, e a prevenção parece ser o melhor remédio.

Não devemos negligenciar a infância, pois é lá que podem iniciar nossas complicações de ordem emocional. Muitas vezes negligenciamos alguns sinais de nosso corpo e mente, sobretudo quando se trata de sinais emanados de nossa vida psíquica. Para não parecer que somos fracos diante da sociedade, retardamos o cuidado e a atenção necessária a mente necessita. Estar com nossa saúde mental fragilizada não significa que somos fracos, muito pelo contrário, demonstra o quanto fomos aguentando até ali. Precisamos compreender que não há nada de errado em voltar o olhar para nós mesmos, pisar no freio e desacelerar um pouco em nossa rota.

Muitos são os fatores que influenciam o nível de saúde mental de uma pessoa. Podem estar associados tanto a questões sociais, como psicológicas ou biológicas. Os problemas socioeconômicos, o aumento da violência, repentinas perdas, condições de trabalho, só para citar alguns que estão entre os que podem contribuir diretamente com nossa saúde mental. Desse modo, a forma como reagimos às exigências, aos desafios, mudanças da vida, e ao modo como harmonizamos nossas ideias e emoções, parecem estar diretamente relacionadas a nossa saúde mental.
Sabemos que com o avanço da idade mudanças são inevitáveis e adaptações também. Entretanto, envelhecer em nossa sociedade ainda parece ser visto a partir de muitos estereótipos negativos. Mas, as possibilidades de envelhecimento saudável, ativo e produtivo são reais. Por isso, nos parece urgente políticas robustas, voltadas para prevenção e promoção de saúde mental desde a infância até o envelhecer.

Em nosso percurso de vida até chegarmos à velhice, inúmeros desafios nos espreitam, por isso, precisamos fortalecer entre outros aspectos, nosso modo “sobrevivência emocional”. Se os estudos apontam que 50% da população desenvolverá pelo menos um distúrbio aos 75 anos, vamos desenvolver mecanismos preventivos que minimizem este enfrentamento.

A OMS (2022) divulgou relatório com base nas evidências mais recentes sobre a saúde mental e destaca dados relevantes, como por exemplo, que a depressão e a ansiedade no primeiro ano de pandemia aumentaram 25%. A ansiedade e a depressão já estavam entre os problemas de saúde mental mais prevalentes no Brasil antes da pandemia, cresceu ainda mais após a pandemia. Conforme Tedros Adhanom (2022), diretor-geral da OMS “O investimento em saúde mental é um investimento em uma vida e um futuro melhor para todos”.
Seguindo esta proposta, por que não dar atenção plena à saúde mental desde a infância e adolescência? Isto fará muita diferença para a qualidade de vida de adultos e idosos.

Ter o próprio negócio exige capacitação e visão estratégica, aponta FST

Ter o próprio negócio é o desejo de 6 em cada 10 brasileiros, segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada pelo Sebrae e Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe). Apesar dos benefícios de ser o próprio ‘patrão’, empreender não é algo simples e exige diferentes habilidades. Por isso, a importância da capacitação profissional.

De acordo com o coordenador do curso de Administração da Faculdade Santa Teresa, João Paulo, um empreendedor precisa reunir conhecimento em gestão, visão estratégica e criatividade. “Iniciar um negócio sem uma base sólida e habilidades, pode dificultar bastante o caminho até o crescimento do negócio. Em determinados casos, pode significar a falência”, afirmou.

Na FST, segundo ele, os alunos são preparados para empreender. “Temos inúmeros exemplos, na academia, de pessoas que começaram os cursos e hoje se destacam no mercado”, reforça.

É o caso de Juliana Araújo, do quarto período do curso de Administração da FST. Aos 19 anos ela abriu uma agência de publicidade e tem alcançado excelentes resultados, atendendo a grandes marcas do mercado.

Ela conta que o desejo pelo empreendedorismo vem desde a infância. Os pais são empresários e sempre acompanhou a família no trabalho. Isso despertou o desejo de ter o próprio negócio. “Ajudava na parte de marketing da empresa do meu pai, dando dicas. Comecei a gostar cada vez mais da área e resolvi me especializar. Fiz diversos cursos, estudei muito sobre o segmento e como poderia oferecer um serviço diferenciado, que fosse além do que o mercado possui. Foi então que abri a empresa, com um modelo de negócio próprio, equipe especializada e que está espalhada por vários estados do país”, detalhou.

Segundo Juliana, com a empresa surgiu a necessidade de aprofundar o conhecimento na parte de gerenciamento de negócios. “Empreender vai muito além da oferta de um produto ou serviço. É necessário trabalhar as relações interpessoais para lidar com o atendimento do cliente, fornecedores e colaboradores, gerenciamento das contas, entre outras questões”, pontuou.

A faculdade, diz ela, tem possibilitado esses novos conhecimentos que já estão sendo aplicados no dia a dia do funcionamento da empresa. Outro ponto é networking feito com os colegas e professores. “A Santa Teresa tem como um diferencial o incentivo ao empreendedorismo. Por isso, muitos colegas do próprio curso têm empresas. Esse contato é excelente para futuras parcerias”, frisou.

Outro exemplo de jovem empreendedor é Murillo Vila, também estudante do curso de Administração da FST. Ele atua ao lado família em uma empresa de aluguel de galpão e portos.

Murillo começou a trabalhar na empresa aos 15 anos, sempre acompanhando o dia a dia de todos os setores. Aos poucos foi recebendo novas responsabilidades e hoje cuida, principalmente, do setor de obras. “A faculdade de Administração surgiu como uma possibilidade de ampliar o conhecimento que eu tenho pela prática do dia a dia e abrir o leque de oportunidades. A vivência no negócio é importante, mas o conhecimento técnico também. Com as matérias do curso, eu faço a análise melhor de orçamentos, aprendi cálculos, entre outras práticas que entraram na rotina de trabalho”, acrescentou.

Murilo planeja no futuro ter uma empresa sua, independente do negócio da família. “Com a visão ampla do negócio e das oportunidades que a faculdade proporciona, tenho certeza que vai ser essencial para meu futuro como empresário”, afirmou.

Pesquisa aponta que 8, em cada 10 pessoas, cogitam mudar de carreira

Não é incomum observar profissionais insatisfeitos com as carreiras que exercem. Muitos até pensam em mudar de área, como mostra a pesquisa “People at Work 2022 – A Global Workforce View”, do  ADP Research Institute, que ouviu 33 mil trabalhadores de 17 países, incluindo o Brasil.  Conforme o estudo, 8 em cada 10 pessoas cogitam mudar de carreira.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Empreendedorismo da Faculdade Santa Teresa e especialista em Gestão de Pessoas, Comunicação e Carreira, Joziane Mendes, para realizar uma transição de carreira de forma tranquila é necessário planejamento.

Joziane Mendes ressalta que a insatisfação e a necessidade da mudança profissional tem diversas causas. “Muitas vezes a pessoa é muito jovem e escolhe a profissão para agradar aos pais ou familiares. Alguns confundem hobby com vocação ou sofrem influência da mídia, no que diz respeito ao ápice de alguns segmentos, como já foi a área ambiental no passado, como é a influência digital atualmente”, explicou.

De acordo com a especialista, qualquer que seja a razão, é necessário compreender que é sempre tempo de recomeçar e que a graduação ou carreira que se escolheu em um momento da vida não pode ser encarada como um contrato vitalício. Mas, como toda mudança, este é um processo que requer planejamento e alguns cuidados para que a transição não se torne mais uma frustração profissional.

Um exemplo de quem está trilhando o processo de mudança de carreira é a fisioterapeuta Ana Beatriz Rocha, que agora estuda Design de Moda na Faculdade Santa Teresa. Ela conta que vem de uma família de médicos e, desde a infância, foi influenciada a seguir carreira na área da saúde. “Foi algo natural, entrei na faculdade de Fisioterapia e gostei muito do curso. Até aquele momento, essa era a carreira que eu ia seguir. A moda sempre foi algo que me chamava atenção, mas que não encarava como uma possibilidade de profissão”, detalhou.

Ana Beatriz acrescenta que, um dia, ainda, durante a faculdade de Fisioterapia, ficou interessada em uma roupa na loja, mas tinha um valor alto. A prima sugeriu, então, que ela fizesse a própria peça. “O resultado foi bom. Essa mesma prima disse que eu deveria comprar uma máquina de costurar e fazer algumas roupas para vender. Eu segui o conselho e deu super certo. Quando eu concluí a graduação de Fisioterapia ainda estava desempregada e vi o anúncio sobre o curso de Design de Moda da Santa Teresa. Comecei a estudar e me apaixonei completamente”, frisou.

O curso, diz ela, me surpreendeu, porque desde o início os alunos participam de atividades práticas. “Hoje, eu tenho certeza que quero trabalhar com produção de moda. Tive oportunidade de atuar em desfiles em que a faculdade foi convidada e isso reforçou mais ainda minha decisão. Por enquanto, me mantenho com a profissão de fisioterapeuta, mas a intenção é, depois que acabar a graduação de Design de Moda, eu deixar aos poucos os atendimentos e trabalhar apenas com isso”, contou.

Outro exemplo de quem está mudando de carreira é Samantha Martins Alves, estudante do décimo período de Direito. Formada em Turismo e atuando como funcionária pública, ela decidiu mudar e encarar novos desafios. “Eu escolhi Turismo na época do terceiro ano do ensino médio. Muito se falava do potencial do estado nessa área e como as oportunidades de emprego iam crescer. Eu cheguei a atuar no segmento, mas ainda na faculdade passei em um concurso público. Por isso, mesmo concluindo a graduação, eu acabei não dando sequência”, disse.

Conforme Samantha Martins, o Direito surgiu há cinco anos atrás, quando tomou a decisão de fazer outros concursos públicos e a maioria exigia conhecimento jurídico. “Foi então que eu entrei na faculdade de Direito e me encontrei. Eu podia ter me acomodado, porque já estava estabilizada com o cargo público, mas eu sempre quis mais. Meus planos ainda são passar em um concurso. Recentemente, recebi a aprovação da OAB, com uma das maiores notas, e já estou estudando para as outras provas”, declarou.

Dicas – A especialista em Gestão de Pessoas, Comunicação e Carreira, Joziane Mendes, lista algumas dicas de como planejar para a transição de carreira. A primeira orientação é construir uma reserva financeira, porque durante o momento de mudança de carreira pode ser que a pessoa inicie na nova área em um nível abaixo do cargo atual, daí a importância de poder contar com recursos para manter a qualidade de vida por pelo menos dois anos.

O segundo ponto é fazer network com pessoas que atuam na carreira que você está buscando. “Provavelmente, os profissionais da carreira atual não consigam trazer as orientações relacionadas à nova área, portanto, traçar conexões que possam abrir portas para este novo cenário é fundamental”, afirmou.

Outra recomendação é conversar com quem já passou pela transição: muitas orientações e informações valiosas podem ser adquiridas com pessoas que já experimentaram esta mudança. Além disso, neste processo de conversa pode ser que um desses profissionais se torne o mentor nesta etapa da vida. A última orientação é jamais fechar as portas, ainda que a decisão de mudança de área de atuação seja irrevogável. O ideal é despedir-se do emprego atual com toda ética, respeito e sentimento de gratidão. “Resguarde um bom relacionamento e uma boa imagem com todos”, orienta.

Fametro e Faculdade Santa Teresa oferecem cursos de aperfeiçoamento em diversas áreas

A Fametro e a Faculdade Santa Teresa estão com inscrições abertas para uma série de cursos de aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional. O objetivo é ajudar os acadêmicos a aprimorar suas expertises e habilidades em diferentes áreas do conhecimento, como Saúde, Gestão, Engenharia, Tecnologia e Educação.

Segundo a coordenadora de Cursos Livres da Fametro e Faculdade Santa Teresa, Joziane Mendes, a proposta da instituição é proporcionar oportunidades que possam potencializar as habilidades profissionais dos acadêmicos e prepará-los para os desafios do mercado de trabalho.

Para obter mais informações sobre os cursos e realizar matrícula, os interessados podem entrar em contato através do telefone (92) 98286-3703, enviar uma mensagem para o mesmo número ou acessar o instagram @cursoslivres.fametro.fst .

Entre os cursos oferecidos está o de “Técnicas de Defesa Oral”, voltado para estudantes que estão se preparando para apresentações em seminários e Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC’s). A capacitação acontece de 08 e 15 de julho. Os participantes irão aprender técnicas e estratégias para uma defesa oral bem-sucedida. O curso contará com parte prática, em que os alunos terão a oportunidade de simular a defesa do TCC e serem avaliados pelo desempenho.

Na área da Saúde, há várias opções de cursos, todos com parte prática. A ideia é que acadêmicos e profissionais possam vivenciar experiências concretas de manejo e uso de técnicas. Dia 08 de julho acontece o curso “Primeiros Socorros”. No dia 15 de julho terá a aula de “Urgência e Emergência” e, no dia 22 de julho, a oficina de “Pré-Natal e Atenção Primária”.

Na área de Gestão e Tecnologia, nos dias 22 e 29 de julho serão oferecidos os cursos de “Modelagem de Processos utilizando o Bizzage Modeler” e “Notação e Modelagem de Processos de Negócios”. Nos dias 01 e 08 de julho acontece a oficina de “Ferramentas da Qualidade” e, no dia 22, o workshop “Como melhorar a sua comunicação interpessoal”.

Estudante de Envira é aprovada para o Mestrado em Psicologia da UFAM

A estudante da Faculdade Santa Teresa, Caroline Stefany Marques, foi aprovada pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), para cursar o Mestrado na área.

Caroline Stefany, que é natural do município de Envira, é finalista do curso de Psicologia da Santa Teresa e irá colar grau em agosto deste ano. Ela ressalta a felicidade da aprovação no Mestrado. “Por um momento, durante o processo, eu duvidei que fosse conseguir, principalmente, por ainda estar concluindo a graduação e não ter tantas experiências. Mas me dediquei, contei com a ajuda e apoio dos professores da faculdade e consegui a oportunidade de dar sequência à minha formação acadêmica”, disse.

Concluir a faculdade e passar no Mestrado, para ela, tem um significado muito importante. “Sou filha de uma professora que sempre me incentivou, junto com a minha avó. Na minha cidade não tem faculdade, então, vir para Manaus sozinha e muito jovem foi bastante desafiador”, acrescentou.

A Psicologia, diz ela, não foi a primeira opção. “Costumo dizer que o curso me escolheu, porque, quando cheguei em Manaus, minha meta era a faculdade de Direito, mas outras oportunidades surgiram e ao longo da graduação me encantei com a Psicologia e sou muito feliz”, frisou.

A escolha de ingressar no Mestrado tem a ver com outro desejo de Caroline, que é o de se tornar professora. “Durante a faculdade eu me interessei bastante pela área de pesquisa. Estava sempre debatendo as leituras com os professores e colegas. Tudo isso e com a influência da minha mãe professora eu decidi pelo Mestrado”, relatou.

Segundo a coordenadora do curso de Psicologia da FST, Juliana Coutinho, todo o corpo docente está muito feliz pelo resultado conquistado pela estudante. “Todos acompanharam a dedicação dela para passar no processo seletivo, paralelo à conclusão do TCC da graduação. Tenho certeza que formamos uma profissional excelente e que tem muito a contribuir com a sociedade”, ressaltou.

Estudante da FST é destaque no Amazon Poranga Fashion, com desfile autoral inspirado na cultura marajoara

A estudante do curso de Design de Moda da Faculdade Santa Teresa, Jerusa Flores, foi um dos destaques do desfile Amazon Poranga Fashion, evento  que busca fomentar o empreendedorismo cultural, através da arte e da moda na Amazônia.

Ao lado de estilistas da região, Jerusa Flores apresentou uma minicoleção com seis modelos, todos inspirados em elementos da cultura indígena marajoara, como a cerâmica e a arquitetura. A coleção, diz ela, trouxe peças de moda festa com detalhes no grafismo e cores características do povo marajoara. “A ideia foi mostrar ao público que a nossa cultura pode estar presente no dia a dia, inclusive nas roupas de festa”, ressaltou.

Segundo Jerusa, a experiência de todo o desenvolvimento das peças, desde o desenho, à modelagem e confecção, foi única. “Poder ver as minhas criações na passarela, e ao lado de estilistas com experiência no mercado da moda, foi muito especial. Vivenciar toda a expectativa e retorno do público também foi algo incrível”, destacou.

Estudante do segundo período do curso de Design de Moda, Jerusa é filha de costureira, sempre gostou da área e trabalhou com a confecção de roupas, de vestidos de noiva a jalecos. “Fiz vários cursos, cheguei a iniciar a faculdade e não dei continuidade. Quando surgiu o curso de Design de Moda da Santa Teresa eu resolvi voltar a estudar, principalmente para adquirir conhecimento técnico e tem sido muito gratificante todo o aprendizado adquirido”, observou.

Produção – De acordo com o coordenador do curso de Design de Moda da FST, Cidarta Gautama, possibilitar que os alunos tenham, desde o primeiro período, contato prático com o segmento, tem sido um dos principais focos da instituição. “Além do Amazon Poranga, nossos alunos já participaram da produção de eventos importantes, como o São Paulo Fashion Week. Isso engrandece o currículo e amplia o olhar dos estudantes para as inúmeras oportunidades que a profissão permite”, destacou.

No Amazon Poranga Fashion, além de Jerusa Flores, que assinou um dos desfiles, outros 18 alunos, um professor e o coordenador participaram do evento, atuando na produção, escolha dos modelos e curadoria das peças da exposição “Artes e Povos Originários”, que foi apresentada no Centro Cultural Povos das Amazônia.

A programação do Amazon Poranga Fashion encerra nesta quinta-feira (29), com um desfile em Parintins. Participam da ação os estilistas Maurício Duarte e Rita Prossi, além de artistas convidados do município.